terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Clássico post: Retrospectiva 2014

Na verdade a gente não sabe o que vai acontecer, todo mundo presume, sonha, deseja, mas se falar que sabe claro que está mentindo.

Ano passado enquanto eu no meio de uma chuva tentava soltar os fogos para celebrar a chegada do ano e minha mãe desesperada me xingava porque eu não saia de lá, eu não tinha a mínima ideia de como seria 2014. Desejava que ele fosse bom nada mais que isso.

Em 2014, vi minha esposa morrendo de estudar para passar em um concurso e foi aprovada (será que ela vai ser chamada?). Com isto ela decidiu recomeçar, se matriculou em uma faculdade de jornalismo e trabalha em um call center. Aprecio o recomeço dela toda vez que ela chega depois de mim tarde da noite e no começo do mês deposita o salário para inteirar nas contas. Também fui aprovado em um concurso público (será que serei chamado?). Uma coisa é fato: nos cansamos mais esse ano, ou talvez reclamamos mais de cansaço que nos aos anteriores.

Teve casamento, três cateterismos (meu pai, minha mãe e meu chefe - Eles estão bem!), vi alguns pimpolhos nascendo (vi é exagero, porque ainda não visitei nenhum), vi minha sogra ter um dedo ameaçado de ser tirado por causa da glicose dela e se recuperar e fui em alguns aniversários e fui em dois enterros.

Na minha saúde, estou com um treco na pele que ninguém descobre... mas minha dor no ombro melhorou bastante.

Conseguimos em 2014, comprar uma mesa, as cortinas, trocar a parte elétrica do apartamento e comprar um buffet...

Nas minhas férias conheci mais uma capital, Palmas – TO. Tive alguns projetos começados e nenhum terminado, tive alguns livros começados e nenhum terminado, acho que talvez 2014 eu comecei coisa de mais e não terminei muita coisa.

Então na virada do ano enquanto eu tiver acendendo os fogos com um acendedor a gás que esposa comprou não vou esperar muita coisa de 2015 porque na verdade, só quero que ele termine bem pra mim e procê!

:)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Conversa entre eu e eu mesmo

Daquelas conversas que eu tenho comigo mesmo:

- Acho que o natal se tornou uma data mercantilista, onde o comércio substituiu o sentimento pelo o próximo.
- Anda sem dinheiro para presentear?
- Sim....
- Percebi.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Em um vagão qualquer

_ Moça tenho que te contar...
_ O que?
_ Sabe o segurança da padaria?
_ Sei.
_ Está saindo com a vendedora da loja!
_ M e n t i r a!!!
_ Ele é casado, não é?
_ É.
_ E pior nem te falo...
_ A vendedora é transex.
_ Transex?
_ É ... Esse povo que faz cirurgia para arrancar o peru.
_ Mas deve ficar igualzinho, uai. Ainda mais que homem é tudo bobo.
_ E tem pior...
_ Tem?
_ A cirurgia dela atrasou e agora é só ano que vem.


*Conversa real no metrô de BH que só escutei porque a bateria do celular acabou.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! 
Quando de vê, já é sexta-feira! 
Quando se vê, já é natal... 
Quando se vê, já terminou o ano... 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. 
Quando se vê passaram 50 anos! 
Agora é tarde demais para ser reprovado... 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... 
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... 
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. 
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Tirei daqui.

sábado, 6 de dezembro de 2014

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O silencio que ninguém ouviu

Antes eu falava, ficava incomodado com o silencio. É logico que eu falava muita besteira. Depois passei a falar qualquer coisa quando requisitado. Simplesmente para não deixar a pessoa sem a minha resposta. Ai vi que continuava falando besteira, menos que antes, mas eu falava. Mas com o tempo enxerguei que a credibilidade ia para o saco. Passei a falar sem cerimônia: “Não sei”, “Vou pesquisar”, “Depois eu te respondo”.


Esse ano em uns dos enterros mais triste da minha vida (quem compara enterro?), um pai enterrando a filha acidentada de apenas 9 anos. Vi ele me abraçando e falando qualquer coisa querendo uma palavra de consolo. Fiquei mudo, eu não tinha, não terei e acredito que na verdade ninguém terá. 

Talvez o silencio respondeu Não Sei para mim.

Talvez...