Ah nadademais1, tudo bem? Quanta coisa mudou desde do último
post, sabia que eu fiquei sem emprego? Fui demitido, pela primeira vez me senti
fora da ciranda corporativa do dia a dia. Engraçado que desde que eu consegui
entrar eu nunca tinha saído, houve duas cenas que acho que nunca vou esquecer uma
foi um colega de trabalho ao me ver saindo da sala logo após a demissão deu as
costas e a outra foi quando uma pessoa que pouco me conhecia conversando comigo
me perguntou se eu estava de férias, senti vergonha de falar que estava
demitido. Talvez eu perdi uma oportunidade de indicação.
Também teve o nascimento de minha sobrinha, pré-natal de
seis meses. Ela passou por maus bocados, senti a distância por não estar
presente e dar um abraço neles falando que tudo ia terminar bem, ela teve
suspeita de hidrocefalia, teve convulsão, teve dificuldade para mamar, mas já está
em casa e na última sexta-feira ele disse que a medica falou que ela estava
normal para um bebe de 1 mês a idade que ela teria se não tivesse nascido tão
cedo. Uma vitória de cada vez! :)
O outro ponto foi que por sugestão de minha cunhada fiz
coaching, achei interessante e duro ao mesmo tempo. Foi duro cutucar coisas que
não costumava cutucar, ver problemas que não gosto de ver, mas o objetivo era
que eu precisava me comportar melhor para as entrevistas que eu esperava que viriam
no mês de janeiro.
Achei até meio visionário a fala de minha cunhada na mesa da
ceia do natal: “agradeço a Deus pela oportunidade que o senhor deu para o
Cristiano procurar novos desafios”
E foi o que aconteceu, em janeiro fiz duas entrevistas em um
lugar bem próximo da minha casa (que sempre me imaginei trabalhando) e fui
chamado em uma, nunca gastei tão pouco tempo para chegar em meu trabalho. Para você
ter uma ideia eu chego em casa de dia sem precisar do horário de verão! :)
Claro que nem tudo foram flores, eu voltei varias casas no
tabuleiro salarial, mas antes pingar do que secar.
Não sei se foi efeito do coaching que parei nas festas de
final de ano e ainda não voltei ou do tempo a mais que tenho em casa ou
simplesmente circunstancias da vida que decidi sai da zona de conforto. Estou
trabalhando com outras tecnologias (Não falarei mal do Java nunca mais), entrei
para academia, ingressei na auto-escola para tirar a tal carteira de motorista
e por último, mas não menos importante decidi mergulhar em um projeto com minha
cunhada, meu afilhado de casamento (compadre?) e a veterinária da gata dela.
Nunca empreendi por conta própria, tomara que vá para frente.
Quero fazer outras coisas, plantar uma hortinha no apartamento,
fabricar cerveja, fazer capa a capa de um livro de culinária do Rodrigo Hilbert que minha esposa me deu, ter um bonsai,
fazer uns drinks usando a coqueteleira que minha afilhada me deu, estudar como se faz roteiro, aprender
fazer tirinhas para colocar aqui, viajar para cidades de minas com minha
esposa... Uma vez meu irmão me disse que sou igual ao chaves, olha como fica
igual trocar as virgulas por “Zas” e falar tudo de novo pulando. Vou fazendo uma coisa de cada vez, acho que
a
psoriasi que está controlada me ensinou que sou ansioso e devo ir fazendo uma
coisa de cada vez.
No mais não aconteceu “nada de mais”, nadademais1.